quinta-feira, 14 de julho de 2011

Nos bracos do Pai

Sempre acham que nós velhos só estamos esperando a hora de morrer e isso não é verdade… Em meio à solidão que sinto, vou tentando levar a vida.
Mas vou lhe dizer: tem dias, que tudo que eu mais queria na vida era ganhar um abraço… Ah como sinto falta de que alguém chegue bem junto de mim e me abrace forte,converse comigo ,liga para mim, porque a sensação de estar só me invade, falta o abraço, falta a companhia… E eu fico então me lembrando de quando eu era mas novas, sempre estava rodeada pelos filhos,netos,quando eu cozinhava,quando os filhos chegavam de surpresa para almocar com os netos ,quantas conversar,quantos risos,quantos...hoje sinto falta de companhia ou, melhor dizendo, de troca de afeto. Seja no meu seio familiar porque sempre ajudei na medida do possivel na hora da alegria com festa,na hora da doenca cuidando de voce filho.Este sentimento de solidão que sempre assola na minha velhice, antes mais vinculado às perdas por morte de familiares, amigos ou pelo vazio da casa provocado pela ausência dos filhos já adultos e independentes, no mundo atual é acrescido pela falta de companheirismo e afetividade .
Nas reuniões familiares eu sou saudada no momento em que chega e depois, isolada num canto , resta-lhe apenas observar o ambiente, enquanto os grupos, já alheios à minha presença, conversam animadamente os mais variados assuntos.
Filhos, genros, noras e netos na agitação de suas vidas cotidianas sempre encontram tempo disponível para as noitadas em festas , casamentos, noivados, formaturas ou para os passeios em grupo, mas não dispõem nunca de tempo algum para passar uma parte do dia conversando e fazendo-lhes companhia a mim.
Hoje me sinto uma mae esquecida e ...





Que o Senhor abencoe a mim e a todos os filhos ...

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