sexta-feira, 17 de junho de 2011

filha do slzaheimer

A senhora Silva sempre foi uma pessoa dinâmica, resolvia sua vida sozinha, sem dar satisfações. Ao ir ao centro da cidade fazer compras como de costume, não soube como voltar para casa. Esse fato ocorreu duas vezes. Ao lembrar do ocorrido, comentou com sua vizinha e pediu a mesma para não falar com sua filha. Mas a vizinha achou grave a situação e contou. Sua filha, então, ligou para sua tia do Rio de Janeiro e a mesma veio a cidade, pronta para levar sua irmã ao neurologista. Foram ao médico a Senhora Silva, sua irmã e sua filha mais velha. Regressando da consulta, a filha mais nova então perguntou a tia como fora a consulta e a mesma começou a chorar, dizendo: “Sua mãe perderá sua identidade.” A partir daquele dia, eu passei a ser não a filha da Senhora Silva, mas a filha do Alzheimer.
A reação de minha familia, em relação a doença da minha mãe, foi indeferente, ninguém perguntou como seria a evolução da doença e o que era Alzheimer. Quem seria responsavel legalmente por ela ou se alguém iria ajudar financeiramente. Eu automaticamente fiz tudo, contratei um advogado para  ter a tutela e ser responsável legalmente sobre ela.
Ficamos um ano com o neurologista. Como não estávamos acertando muito, uma amiga me indicou o seu médico, que é geriatra, e minha mãe passou a ser a sua paciente. Ele me explicou sobre a doença de Alzheimer. Me deu livros, panfletos e me falou sobre a ABRAz – Associação Brasileira de Alzheimer. No começo, foi muito assustador, mudei com minha mãe para outro bairro. Onde eu tinha uma casa alugada e começou todo o processo da doença.Era só eu e meu marido para olhá-la. Nós dois não tinhamos vida própria. Tudo que tinhamos que resolver, na cidade, na parte da manhã, era com ele; na parte da tarde, era eu, pois era importante ter sempre um na casa por conta da minha mãe.
Eu não tinha ajudante, porque o dinheiro não dava para pagar. Os filhos homens não a visitaram, os netos não visitaram e nem telefonaram, ninguém sabia como ela estava, se estava sendo bem tratada ou não.O meu marido passou a dormir no quarto com minha mãe. Para vigiá-la e para virá-la de madrugada na cama, para não dar feridas no corpo. Eu dormia sozinha no nosso quarto, porque no outro dia, além dos cuidados com ela, eu tinha que lavar, passar, cozinhar.
Meu marido deu para minha mãe o amor que faltou nos filhos. Agora vôces podem estar perguntando: ela foi uma mãe ruim? Ela maltratou os filhos? Não, ela ajudou muito, principalmente os filhos homens. E como ajudou! Quando ela mais precisou da presença deles, eles viraram as costas. Vocês conhecem a lei do retorno: coitados, já estão pagando sem saber!
A filha do Alzheimer – extraído, sob permissão, do blog: http://afilhadoalzheimer.blogspot.com/2010_05_01_archive.html  
Muita linda essa historia e infelismente acontece em muita familia ....sera que e medo de responsabilidade,o pq os filhos o qual a mae estente mas a mao sao os primeiros a virarem as coisas ,pq so se lembram do idoso qdo tera uma FESTINha o qual  eu ira  rever o pessoal...e esquecendo de rever o mas importante de toodos que sao eles os ESQUECIDOS triste historia e hj isso tb infesmente acontece com a mh familia 
Voce nao tem saudade Eles te esperam....

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